2011 foi escolhido pela Assembleia Geral das Nações Unidas como o Ano Internacional das Florestas

2011 foi escolhido pela Assembleia Geral das Nações Unidas como o Ano Internacional das Florestas

 

Salvar nossas matas e florestas para socorrer a vida



 


 

Greenpeace/Marizilda Cruppe/EVE

 

Índias Waurá nadam no rio Xingu: muita gente depende da Floresta Amazônica

 

Em vários filmes, desenhos animados e histórias encantadas, as florestas aparecem como cenário dos mais diversos acontecimentos, mistério e beleza. Na vida real, as mesmas florestas que inspiram artistas, cineastas e escritores estão sendo destruídas pela ganância dos homens. Para evitar que essa história tenha um final triste, muitas organizações lutam pela preservação do verde em busca de uma vida sustentável no planeta. E por causa da importância desse tema para todos nós, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 2011 como o Ano Internacional das Florestas.


Mas por que esse assunto desperta atenção do mundo? Para se ter uma ideia, dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e do site oficial do Ano Internacional das Florestas (www.un.org/en/events/iyof2011/index.shtml) informam que as florestas são lar para 300 milhões de seres humanos e para 80% da biodiversidade terrestre. Além disso, 1,6 bilhão de pessoas em todo o mundo dependem diretamente delas para sobreviver.


Como este ano é dedicado à reflexão sobre as florestas e tudo o que elas representam para a vida, é muito importante pensar na situação do nosso país. A Fundação SOS Mata Atlântica, por exemplo, uma organização não-governamental (ONG) que destina esforços para a proteção e conservação desse bioma, abre, no dia 11 de fevereiro, uma exposição interativa para comemorar seus 25 anos de ação. “Sua Mata, sua casa” é o nome da exposição, que tem como objetivo conscientizar a sociedade e mostrar que a floresta está diretamente relacionada ao dia-a-dia de todos nós.


O projeto vai começar em Fortaleza, no Ceará, e percorre 12 capitais até o ano que vem. Em Belo Horizonte, a mostra chega em agosto deste ano. A exposição vai ficar 20 dias em cada cidade, permitindo que todos tenham acesso a informações ecológicas através de ferramentas interativas e tecnológicas, como iPads, mesa multi-touch e televisores. A programação inclui, ainda, palestras, shows, mobilizações, ações com voluntários e bike reportagens.


Floresta Amazônica


Sempre de olho na natureza, o Greenpeace atua com foco na Amazônia, mas acompanha tudo o que acontece também em outros biomas, segundo o coordenador da campanha de florestas da organização, Rafael Cruz. “A Amazônia é a maior floresta tropical do planeta”, ressalta ele, lembrando que esse bioma tem 6,9 milhões de quilômetros quadrados e abrange nove países sul-americanos: Brasil, Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.


A biodiversidade da Amazônia concentra metade das espécies terrestres do planeta. “Sem floresta nem o homem vive. Elas são responsáveis por manter a vida dos animais e da vegetação”, reforça o coordenador do Greenpeace. Ele explica que são as florestas que fornecem os serviços básicos para a vida humana. “Por exemplo: a Amazônia libera água para o ar (vapor), que desce como chuva e rega a agricultura do Sul e Sudeste. A floresta propicia a produção agrícola e nos permite ter comida no prato.”


O valor da biodiversidade amazônica é incalculável. “Nesse bioma encontramos substâncias que podem ser transformadas em vários produtos, como remédios e tinturas”, diz Rafael. Além disso, a biodiversidade da floresta inspira até o desenvolvimento de novas tecnologias. “Da asa de uma borboleta da Amazônia (a espécie Morphinae) surgiu a ideia de fazer a televisão de plasma”, observa.


De acordo com ele, essa espécie tem um monte de cristais que formam suas belas cores. “Na verdade, a asa dela não tem cor nenhuma. O colorido vem do reflexo dos vários cristais, mesmo princípio usado nas TVs de plasma”, explica.

 

 Fonte: Hoje em dia