Brasil quer estádio mais sustentável do mundo

Brasil quer estádio mais sustentável do mundo

 

Brasil quer estádio mais sustentável do mundo

O Brasil vai abrigar além da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, o estádio mais sustentável do mundo. O Estádio Nacional de Brasília foi projetado para conquistar a classificação Leed Platinum, nível máximo de exigência dos padrões internacionais de Sustentabilidade exigidos pelo GBC (Greenbuilding Council).

De acordo com Ian McKee, economista ligado ao GBC, autor do Plano Copa Verde para o Brasil, os investimentos na construção sustentável do estádio de Brasília não serão exorbitantes. "Apenas 5% do custo inicial da obra será destinado para a construção. O Leed não pode ser uma desculpa para o superfaturamento. A construção sustentável é um investimento. Ela é projetada para o menor custo a longo prazo, diminuindo gastos com iluminação, ventilação, ar condicionado e água", diz ele.

Além de reduzir despesas, o Plano Copa Verde para o Brasil, pode dar ao país o título de   "Novo modelo socioeconômico ambientalmente sustentável". Os investimentos em obras verdes prometem ser o grande legado da Copa do Mundo e Olimpíadas para o Brasil. McKee explica ainda que nenhuma cidade na história coordenou um projeto Greenbuilding tão ambicioso. "A Copa do Mundo e as Olimpíadas irão ocorrer, esperamos, em 12 cidades do Brasil e o projeto de uma EcoArena em cada uma destas cidades pode servir de semente para futuras cidades verdes", diz ele.

O economista aponta ainda que para que estes e outros projetos sustentáveis saiam efetivamente do papel, é necessário maior apoio do governo. "O Brasil ainda não tem conhecimento e aceso a muitos produtos necessários. O governo brasileiro precisa ser o maior "comprador" destes produtos para abrir o mercado para o setor privado. O custo adicional para uma Copa Verde não passa de 7% do custo inicial, com os incentivos corretos do governo e legislação que permitem a execução deste plano. Este é o fator mais importante e que precisa ser resolvido imediatamente porque quanto mais tarde tentamos modificar um projeto para ser mais sustentável, mais caro ele fica", aponta McKee.

O economista será um dos palestrantes a falar sobre os desafios desta e de outras obras de infraestrutura no Brasil, durante o Núcleo de Conteúdo da Feicon Batimat, de 16 à 18 de Março no Hotel Holiday Inn em São Paulo, ao lado do pavilhão de exposições do Anhembi.